Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Sudoeste, 15 anos!

jfd, 08.08.11

Passou, como já disse, de uma tenda de circo para um grande festival de marcas e marketing.

 

Cheio de putos que vêm viver a sua versão de verão do Senhor das Moscas; sem pais nem regras e apenas com tendas e álcool e sem falarmos no resto.

A música abunda e os preços são upa upa.

É para quem pode e não para quem quer.

E do espírito pioneiro pouco resta. Resta o espírito comercial de quem é sugado até ao último euro, até ao último cêntimo.

Mangueiras desperdiçam água que evita o pó. É esta a sociedade.

Para mim que sou cota já foi mais divertido. E para mim que tenho o privilégio de poder assistir ano após ano de uma quinta a lado da herdade, até me disseram que foi estranha a simpatia deste ano. Talvez fruto do meu trabalho junto de uma organização mesquinha e com manias de monopolista dos festejos do país e com pouco respeito por quem habita o espaço que ocupam. Mas verdade seja dita, este ano foi diferente. Mas infelizmente, também diferente para o lado mau. Os assaltos, e dissabores como lhes chamou a SIC foram demasiados. A juventude já não se pode divertir como antes, estando descansada que a autêntica metrópole temporária montada está descansada e tranquila como antigamente. São outros tempos. Tempos de crise e desespero que piscam o olho ao amigo do alheio. Vale tudo, infelizmente.

E o dia mais triste é a segunda de manhã. Como sempre. É a pilhagem total daquilo que foi durante uma semana casa de tanta gente que não se conhecendo, partilhou pó, música, alegria e vontade de se divertir. Amizades de acaso que por vezes duram anos. Nem que seja de ano a ano.

Para trás ficaram a música, as memórias e a diversão que foram em doses suficientes e generosas.

Já lá vão 15 anos. E para o ano, há mais.

Nós, os pioneiros vamos ficando velhos, dando lugar aos novos. Lá dizia o Rei Leão... Its the circle of life.

E ainda bem que assim é. Ninguém é feliz a viver no passado!