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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

UV 2011: Dia 5

Paulo Pinheiro, 06.09.11

 

 

Liliana Fidalgo

20 anos

Sintra

 

O dia de sexta-feira, 2 de Setembro, revelou-se muito dinâmico e enriquecedor a vários níveis. Contamos com a presença de grandes oradores, entre eles a primeira mulher a deter o cargo de Presidente da Assembleia da República e o Dr. Mário Soares, que nos explicaram a importância da Liberdade, da Europa, do facto de sermos sociais-democratas no séc. XXI.

 

Houve também um painel sobre o papel dos media na nossa sociedade, que detêm um certo poder ao transmitirem a sua mensagem para o país e para o mundo.  Os oradores expressaram a sua preocupação, ao responderem às perguntas dos alunos da Universidade de Verão, perante o sensacionalismo que utilizam nas suas notícias. Muitas vezes, a opinião pública é diferente da opinião publicada, tal facto prejudica a qualidade das nossas notícias, como afere em termos de responsabilidade jornalística que, por vezes, é inexistente.  

 

Foi um dia longo, como todos os outros, porém – sem sombras de dúvida - valeu a pena.

 

A experiência da UV é algo que ninguém nos pode retirar, é algo que levaremos connosco, e citando alguém que nos acompanhou durante esta semana ‘a Universidade de Verão é uma experiência única na vida, só vos vai acontecer uma única vez’. As palavras do Dr. Carlos Coelho espalham-se nas memórias que levamos de Castelo de Vide, esperemos que não se desvaneçam com o passar do tempo, decerto que todos queremos guardar esta unicidade para sempre.

 

 

Rosa Nogueira dos Santos

27 anos

Maia

 

No dia 2 de Setembro de 2011, um grande desafio esperava pelos alunos da Universidade de Verão. De manhã, bem cedo, reuniram-se em pequenos grupos e aprouveram-se dos mantimentos que os iam suportar na viagem daquele dia.

 

De seguida, tiveram de caminhar pelos terrenos pantonosos dos media, tendo como guias: Henrique Monteiro – jornalista –  e Vasco Graça Moura – poeta e antigo Deputado Europeu. Pelo caminho, discutiram-se interessantes temas, defendendo-se que a comunicação não pode ser desprovida de sentimentos. Foram tecidas duras críticas à falta de transparência de alguns órgãos de comunicação social que pertencem a grupos económicos com interesses noutras áreas da economia. E foi, finamente, discutida a influência dos media na sociedade, assim como o inverso.

 

De tarde, os grupos traçaram estratégias para o dia seguinte – o dia da assembleia. Prepararam-se afincadamente, pois, como alunos de excelência, devem dar tudo o que têm.

 

De seguida, os alunos foram presenteados com um novo guia, de uma eloquência apaixonada, Dra Assunção Esteves – Presidente da Assembleia da República, que os transportou numa viagem histórica acabando com as perspectivas futuras para a Europa. De destacar, o novo desafio para a social-democracia: resolução de problemas nacionais através de uma solução integrada e partilhada.

 

Para terminar mais um dia, um novo guia – Dr. Mário Soares. Após um jantar, levou os alunos através de histórias do período de luta contra o salazarismo. Abordou três temas na sua intervenção: globalização, diálogo entre gerações e a situação da política nacional. Um jantar-conferência diferente.

 

Com resistência e perseverança, os alunos superaram mais um dia de trabalho e construíram mais um pouco da sua formação política.

 

 

Isa Monteiro

27 anos

Vale de Cambra, Aveiro

 

Sexta-feira foi um dos dias mais interessantes da UV.  Começámos “a conversa” com o Dr. Henrique Monteiro e o Dr. Vasco Graça Moura, sobre “Os media hoje: analisar a informação ou explorar sentimentos?”.  Entre outros aspectos, discutimos os mais recentes problemas na área da comunicação social, tais como a compra e violação de informação. O Dr. Henrique Monteiro frisou que é um mito dizer que, quando um jornal entra em crise, se deve baixar os standards, e que o próprio estilo da língua portuguesa pode determinar a informação que se transmite.

 

Da parte da tarde, tivemos o privilégio de conhecer a Dra. Assunção Esteves que, com a sua simpatia, nos falou sobre como é “Ser sócia-democrata no sec. XXI”. Começando a sua aula por referir que “Homenagear o pensamento e transforma-lo em acção”, desafiou-nos a ter uma atitude de intervenção, sempre esperando o inesperado, já que o impossível afinal acontece de um dia para o outro. A Dra. Assunção Esteves explicou porque defende o Federalismo Europeu, sendo que, hoje em dia, nos devemos sentir cidadãos do mundo e dar um salto na integração politica. De facto, nesta Europa, o conceito de poder e de fronteiras e bem diferente da Europa do passado. Agora, o Homem encontra-se no centro das instituicoes em detrimento das próprias instituicoes. O mundo global exige uma justiça global, por isso o poder politico tem de ser um poder sem território e sem soberania. Assunção Esteves chamou a atenção para a necessidade de network politico, sendo que sem network não há colaboração nem justiça.

O jantar conferencia contou com a presença do Dr. Mário Soares, que nos contou varias historias engraçadas que aconteceram durante o seu percurso. O Dr. Mário Soares vincou a sua preocupação sobre a liberdade politica e cívica, pela dignidade de trabalho e pela igualdade. Sem liberdade, as pessoas não podem evoluir, nem desenvolver-se. O jantar terminou com os estudantes a gritar “Portugal”, e também “Soares e fixe”. Soares e fixe porque aceitou vir a UV e partilhar connosco algumas das suas historia.