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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Somos todos Grécia

Rui C Pinto, 22.09.11

 

Este discurso de "não somos a Grécia" resolveu, até à data, alguma coisa? Aliviou a crise? Aliviou os juros da dívida? Aliviou as medidas de austeridade? É preciso repensar este discurso, até porque a única coisa que nos distingue da Grécia é a atitude exemplarmente responsável do povo português, que percebeu as medidas de austeridade como solução para a crise. Aquilo que nos distingue da Grécia é o facto de não termos sido surpreendidos pelo descalabro da governação dos últimos anos. Porque as dívidas estão aí. Ao longo dos próximos dois anos vão ser levantados os tapetes um a um... Começou pela Madeira. Depois serão as empresas de transportes públicos. Depois serão os Hospitais EPE. Depois será a Estradas de Portugal (só esta vai obrigar ao 13º inteiro...). 

 

Não gosto de ver os responsáveis políticos portugueses usarem a Grécia como chantagem. O povo português não o merece. Já demos prova de responsabilidade nas últimas eleições. Damos todos os dias provas de coesão nacional em prol de reformas duras que são fundamentais ao país. Usemos esse exemplo como bandeira europeia. Eu concordo com Miguel Relvas quando diz que a Europa "não é tão coesa quanto seria desejável e não foi capaz de criar um novo modelo que não fosse a várias velocidades". Ora, eu suponho que dizer todos os dias que não somos como a Grécia não abona nada em favor da dita coesão... 

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