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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Vicissitudes feministas

Essi Silva, 27.02.12

 

Não é que goste de antagonizar movimentos, sejam eles quais forem, mas há coisas que acho que extravasam o senso comum.

 

Tenho recebido uns emails das Mulheres Sociais Democratas e ouvido uns burburinhos sobre uma adaptação da lei das quotas aos estatutos do PSD.

 

Há uns longos tempos, escrevi aqui um post sobre a minha revolta no que toca ao dia da mulher.

Sou grata por poder fazer parte de uma sociedade na qual como mulher, tenho os mesmos direitos que o homem, meu par.

 

Somos indivíduos iguais no que toca aos direitos e assim o devemos ser. Fisicamente, anatomicamente, e até certo ponto psico-socialmente somos diferentes. É um facto. Para quê negá-lo quando nos dias de hoje cada um faz o que quer.

 

Em quase 6 anos de JSD, em 4 (salvo erro) enquanto aqutarca, nunca uma única vez me senti inferior, ou limitada, por ser mulher. E para além de ser mulher, ainda sou miúda, com os meus 21 anos.

 

Nunca me senti rebaixada ou ofendida pelo meu sexo.

E isto não aconteceu porque existe uma norma que me proteja, aconteceu porque sempre me esforcei por algo fulcral na dimensão social de todo e qualquer indivíduo – respeito.

 

O respeito não vem por leis de quotas, não advém de movimentos xpto’s, nem tampouco de afastamento da vida política. Vem do que o indivíduo transparece, seja homem ou mulher.

 

Assim, não entendo, porque é que existem Mulheres Sociais Democratas ou Dia da Mulher ou leis de quotas, quando nós, mulheres, não somos nem mais, nem menos do que os homens.

 

Francamente: é horrível andarmos a criar brincadeiras para criar tratamentos diferenciais – que, caso bem me lembro, sempre foi o que as nossas antecessoras tentaram afastar – sujeitando as mulheres a uma imagem terrível que, eu em eleições, pelo menos, não quero ter.

 

Seja num emprego, numa eleição, ou em qualquer esfera, antes de ser mulher, sou a Essi Silva, humana, luso-finlandesa, estudante de Direito, autarca, blogger e ser que pensa, aprende e adora escrever.

 

E se a questão é a da discriminação, então esta também é feita a homens, como ocorre frequentemente em processos judiciais de responsabilidades parentais.

 

Nem é por isso que deixámos de ter uma Assunção Esteves como segunda figura do Estado, uma Manuela Ferreira Leite como líder do partido, ou uma Angela Merkel a coordenar a Europa.

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