Memória ou...falta dela...
O País anda entretido com diversos casos e polémicas. Para os mais cépticos, basta dizer: “É Portugal”. Ora, não deixa de ser interessante ler quem por aí anda a opinar e criar notícias. Uma dessas personagens que marcam a opinião públicas e as redes sociais é uma Jornalista que pela sua escrita e postura irreverente cria sempre bastante polémica.
Ora, considero que polémica é sempre interessante para um bom debate de ideias. O problema é quando passamos da polémica para o sensacionalismo e a tentativa de juntar o que não tem razão de ser.
O que diz então a Jornalista Fernanda Câncio: “É assim que podemos assistir, boquiabertos - como anteontem - a um Santana Lopes, na TVI24, a perorar, a propósito do curso de Relvas, sobre deverem ser os políticos julgados pelos seus atos em funções e não por episódios do seu percurso privado (cito de memória), sem que algum dos presentes, de Constança Cunha e Sá a Assis e Rosas, pigarreasse sequer.”
Sem tirar nem pôr foi isto com que a senhora nos brindou na sua coluna de opinião. O que dizer deste factor: cito de memória.
Mas, que diabo, então eu que até vi o programa em directo não me lembro do raio da frase e da consideração que a Senhora faz? As tecnologias hoje permitem claro está rever o programa. O link é este: http://www.tvi24.iol.pt/programa/4209/62. Podem ouvir o programa todo. Mas a partir do minuto 32 têm o tema. O que observamos nós? Que de facto, existe uma citação mas bem diferente e sobretudo bem mais certeira! Chama-se a atenção para a situação que em Portugal apenas nos preocupamos com as questões depois dos casos pessoais. Discutir Bolonha? Discutir as PPP? Não. Isso só depois do escândalo, da notícia sensacionalista.
Foi isto que entendi... Mas mais à frente refere-se que seria bem mais grave se na altura Relvas tivesse em funções executivas. Lá está outra verdade simples para todos.
É triste ver esta Senhora nesta sede de, quiçá, vingança atacar assim. Não sei se é das companhias, mas o estilo enfim, faz-me lembrar alguém em que como alguém fazia em debates o que interessa é continuar a agarrar “ideias” para discutir o acessório e não a discussão saudável do tema.
Quer falar mal do Mundo? Que fale. Mas pelo menos cite correctamente. Cuidado com essa memória!