Aleluia! Aleluia!
É mais ou menos o que estou a ouvir pela janela por causa de uma daquelas igrejas "novas" que andam por aí.
No entanto, adapta-se precisamente ao que precisava de gritar depois de ter lido que "finalmente" o Governo vai cortar à séria com a despesa publica. 4 mil milhões é um número bastante razoável. No entanto, há que fazer algumas ressalvas.
Primeiro que tudo a medida, a meu ver, peca por tardia.
Num momento em que Portugal está à beira, sistematicamente, de cair no precipício da falência (salvo erro há uma probabilidade de 40%, o que é preocupante), o Governo demora um ano, quatro meses e três semanas (mais coisa, menos coisa) a chegar a um compromisso de despesa, que nem passa ainda por soluções verdadeiramente concretas?! Até entendo que seja tarefa extremamente difícil, mas também custa pagar impostos, renda, livros, transportes, etc. etc. quando o custo da vida mais básica, abarca pelo menos 50% do salário das famílias de classe média. E para quem tem empréstimos a pagar, pior ainda.
Nisto, tenho que conceder razão a Teodora Cardoso, presidente do Conselho de Finanças Públicas, que afirmou que, não só é obvio que já chegámos ao limite das receitas por via fiscal (coisa que eu já apontava há algum tempo) como, não basta um compromisso pré-definido sem saber o que vai ser cortado, para além de se dever apostar em eficiência na despesa.
Mas vá, na terça bebi um copo de vinho em celebração. Tenho fé em Portugal, senão, não estaria por cá.