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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOCONVIDADO - Joaquim Castro de Freitas

PsicoConvidado, 16.11.12

 

“Desculpe Sr. Manifestante, está a obstruir a via e a arrancar o paralelo e, por isso, solicito a sua compreensão para a desimpedir calmamente se isso não lhe causar incómodo uma vez que a manifestação já terminou. Muito obrigado!”

 

 

Ainda acerca da manifestação, dos avisos da policia, da reiterada birra e da carga policial que se seguiu:


Muitos portugueses cumpriram o seu direito à greve.

Os números das adesões foram o costume, o que mais interessam a cada um dos intervenientes.


Mas, dois dias depois, quando tudo voltou à normalidade e nenhum dos problemas, até ver, foi resolvido ou está sequer mais próximo da solução, eis um balanço possível:


Nesta altura o país perdeu muitos milhões de euros, os grevistas perderam o salário de um dia de trabalho, as empresas perderam produção, os utentes perderam serviços...

No fim, nesta como em outras, ontem todos perderam...

 

E hoje tudo está como anteontem!

Mas anteontem o que mais perdeu foi, verdadeiramente, a democracia.



A polícia esteve horas a fio a ser alvo de provocações, ameaças e violentas cargas de pedras e outros projéteis.

Pediu, reiterada e educadamente aos manifestantes que dispersassem porque a manifestação estava já terminada.

Mas não se terminou o dia sem carga policial. Alguns dos manifestantes não sairiam dali sem ela, era por isso que ali estavam.


Precisavam de sangue e circo. Infelizmente.

 

E alguém ouviu propostas? Alguém vislumbrou por entre os vultos maiores da manifestação caminhos alternativos? Não senhor! Apenas protestos.


Que o direito à greve nunca desapareça!


Mas que a responsabilidade individual seja, cada vez mais, um dever inalienável!

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