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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

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PsicoConvidado, 19.11.12



O poder do intelecto ou o elevador para o exercício de funções?

 

Seguindo uma tradição muito americana, cada vez surgem nos Estados do Velho Continente, fundações, institutos e centros de estudos associados a organizações políticas, designadamente partidos.

 

Sob o pretexto (que nem sempre será o verdadeiro motivo) de se procurarem soluções apuradas do ponto de vista técnico, alicerçadas em

 

investigação e muitas vezes comparando até realidades distintas daquela sobre a qual se pretende intervir ou propor, aparecem contributos de pessoas que temos tendência a achar credíveis…não estamos a falar de “boys” mas sim de “quadros” que trazem consigo a verdadeira (ou aparente) credibilidade.

 

Ora, isto acontece em grande parte porque não estão associados a cartões de militância nem carreirismo, logo as suas ideias, não acarretam agendas escondidas, interesses ocultos e são genuinamente apresentadas com boas intenções por aqueles que efectivamente estudaram e que assinam com “neutralidade” como nome do meio.

 

 

O pior é que a res publica tem destas coisas…É uma “coisa” tão esquisita que depois potencia que sejam esses indivíduos a exercer responsabilidades, facilmente em detrimento de pessoas competentes e válidas mas que cometem o crime de execução continuada de militar em partidos políticos.

 

Pessoalmente revelo alguma desconfiança quanto a estes governantes tecnocratas, ou ditos da sociedade civil, por vários motivos : por um lado geram

indefinição nos posicionamentos, designadamente ideológicos e de longo prazo, dos partidos. Por outro, são pessoas cujo percurso será sempre menos escrutinado. Para terminar fico com a sensação que desta forma se premeia muitas vezes agentes que quando decidiram seguir esta via, provavelmente já o fizeram, precisamente com a intenção de fugir dessa terrível acusação/doença de partidarite – e assim continuamos a descredibilizar todos aqueles que já estão descredibilizados e que com coragem se expõem permanentemente.

 

Sic transit gloria mundi!

 

Psico-convidado

João Paulo Meireles

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