O Populismo Atroz de António Costa
Excelente artigo de André Abrantes Amaral n'O Insurgente:
Preparando-se as eleições que se aproximam, António Costa prometeu reduzir para 2,5% o IRS retido pela autarquia de Lisboa. A redução de impostos é, não apenas excelente e necessária, mas também justa. Um verdadeiro estado de direito implica apenas a cobrança dos impostos absolutamente necessários para a prossecução das suas funções minimamente indispensáveis.
Infelizmente, a redução dos impostos não é acompanhada de uma redução da despesa da autarquia. Não existem menos serviços, menos regulamentação, nem menos burocracia. Qualquer pessoa que tenha contactado profissionalmente com a Câmara de Lisboa sabe que é um monstro a evitar e com que se lida apenas quando é obrigatório.
A redução de impostos no próximo ano em Lisboa reflecte um populismo atroz: continuar a gastar, mas cobrar menos para ganhar votos. Depois, mais tarde, logo se vê. No fundo, continuar a agir como sempre se fez. Como se nada se tivesse passado entretanto e 2012 não tivesse existido. A prova comprovada que quem governa o estado, tanto a nível central, como local, não aprende com os erros, porque raramente paga por eles. Veja-se que pode ser tão fácil baixar impostos que até o CDS e o PSD apresentaram propostas mais audazes. Estamos perante um problema que afecta não apenas António Costa e o PS, mas toda a classe política. De um extremo ao outro do panorama político.