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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

PCP perde o único activo que lhe restava

Ricardo Campelo de Magalhães, 03.01.13

O respeito. O respeito que muitos nutriam pela sua coerência. O PCP podia ter uma visão errada da sociedade e estar perdido na história. Mas pelo menos era coerente. E depois saiu esta notícia referida aqui.

O grave desta notícia de que o PCP vai despedir pessoas é que vai contra tudo o que ele vem defendendo nos últimos anos. O PCP vai deixar pessoas na miséria, as suas famílias vão ter de fazer austeridade e tudo isto para quê? Face ao que defende para o Estado, várias questões exigem resposta. A saber:

  1. O PCP despede porque é obrigado, os outros despedem porque são demónios?
    Qual é a diferença entre o PCP e o Grande Capital?
  2. Porque não um banco de horas, em que os funcionários ficam sem fazer nada mas a receber?
    Porque não adopta as mesmas medidas que impõe ao Estado? Serão cidadãos de 2ª?
  3. Porque é que o PCP paga a quem ele deve, esses usuários?
    Porque é que o PCP não dá prioridade aos trabalhadores? Quando foi que mudou?
  4. "Uma efectiva contenção (...) nalguns casos de estrutura" quer dizer o quê?
    Alexandre Araújo usa agora linguagem nebulosa típica do patronato? Quando foi que mudou?
  5. Se o PCP resolve os seus problemas de financiamento despedindo pessoas, porque não podem os órgãos da administração local, que eu sei que muitos estão a definhar por estarem presos a despesas com pessoal superiores a 75% do Orçamento - em clara violação da Lei das Finanças Locais, que fixa o máximo de 50% - resolver o problema da mesma forma? Onde está a coerência?

Que o PCP é um partido retrógrado e sem qualquer noção de economia, já eu sabia.

Agora que desbarata assim a sua coerência e destrói famílias por obediência à austeridade, é que é novo para mim.

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