Para memória futura...
... dêem-me ouvidos, pelo menos quando eu falo de política externa.
(este post é mais uma vez dedicado a certos ex-Psicóticos)
Nem um ano se passou desde a intervenção da NATO na Líbia (que Portugal apoiou...) e os aviões Europeus estão de volta aos céus africanos. Há umas semanas atrás, em vésperas de Natal, falava-se em Washington sobre a possibilidade de bombardear a Líbia de novo, desta vez para dar cabo dos Islamistas que o Ocidente havia armado durante a guerra civil Líbia. Para quem não esteve atento, os mesmos que assassinaram o embaixador Americano na Líbia e destruíram o consulado em Benghazi.
Esta semana não é a Líbia que se bombardeia mas sim o Mali, aonde Tuaregues e a corja Salafista fundaram um estado Islâmico vindos da Líbia em caos. Estes últimos impuseram a xaria e levaram a cabo um vandalismo bárbaro de locais e monumentos históricos classificados pela UNESCO como património da humanidade.
Já se fala que se forem expulsos do Mali, os Islamistas poderão procurar desestabilizar outros países como o Chade, a Mauritânia ou a própria Nigéria - potência regional da África ocidental.
Isto para não falar de consequências tais como o aumento no fluxo de imigração ilegal Africana - que Qadhafi mantinha em cheque - o aumento do valor dos seguros para os investimentos ocidentais na Líbia e no norte de África e a inerente falta de segurança dos mesmos.
E então? Viva a democracia? Valeu bem a pena? Vejam lá se querem repetir a dose na Síria....