Corria o ano de 2006, quando o Psico foi fundado por ex-alunos da Universidade de Verão, nomeadamente pelo José Pedro Salgado e pelo Paulo Colaço, coincidindo precisamente com o momento em que passei a fazer parte da JSD na, sem dúvida, melhor secção de Lisboa.
A Secção B, no Campo Pequeno, não foi só um sítio onde se discutiu muita ideia, onde se realizaram vários psico-eventos: foi durante muito tempo a sede não oficial do Psicolaranja (isso e os sítios onde o gang se reunia para comer e debater). E foi sem dúvida a minha segunda casa.
Foi graças ao meu querido amigo Nélson Faria, que eventualmente me apresentaria o Paulo Colaço num corredor da FDL, com o Diogo Agostinho, com o José Pedro Salgado e o Guilherme Diaz-Bérrio que me tornei psicótica, mesmo antes de fazer parte do blog.
O Psicolaranja e a B estiveram e ainda estão intrinsecamente ligados. Por história, por iniciativas, boas memórias e sobretudo por Amizade.
É essa a amizade que criei com o Paulo Colaço quando o conheci na UV'09, a semana mais fantástica até hoje, da minha vida.
Com 6 anos, o Psico mantém-se resistente, especialmente tendo em conta que os blogs têm, regra geral, uma esperança média de vida reduzida, ainda mais por não ser um blog de massas e de estar muito ligado a uma ideologia partidária. E isso deve-se, não só aos Administradores que o geriram, à relação inter-psicóticos - a tal família com Ph que havia entre os velhotes do blog - mas sobretudo ao Paulo Colaço, que sempre foi a alma do Psico e da malta Old-School que ensinou os pequenitos a crescer e a bloggar.
O Psico não é o Paulo Colaço, não se esgota no Paulo Colaço. Nem nos outros fundadores, como o querido Zé Pedro - cujas citações de Churchill - sempre me trouxeram um sorriso à cara. O Psico é muito mais que isso.
Mas se o é, devemo-lo não só aos outros fundadores, mas sobretudo aos resistentes Paulo Colaço e Zé Pedro Salgado.
Não há palavras para descrever a gratidão que sinto por nos/me terem deixado este legado, esta segunda casa. O que aprendi convosco é inestimável.
Zé Pedro, a minha maior pena é não me poder despedir de ti pessoalmente. Dar-te um grande abraço e pedir que visites mais vezes. Há demasiado tempo que não te vejo!
És um modelo para mim de várias formas, mesmo com os quilómetros que há muito nos separam. Aprendi tanto, mas tanto contigo! Obrigada por teres tido a paciência de me tirares da ignorância e por te teres sujeitado às minhas regras como AB, mesmo quando não foste louco por elas. :)
Paulo, não imaginas o esforço que fiz ontem na iniciativa da Maia para não desatar a chorar baba e ranho. Tenham paciência - sou mulher. E sou emotiva.
Entrei no Psico como uma gaiata tremendamente ingénua. Ainda tenho um caminho muito longo para percorrer na vida, mas vou melhor preparada graças aos teus ensinamentos, experiências, histórias e bom humor!!!!
Só espero que a saída do blog não implique um distanciamento dos nossos momentos de comes-e-bebes.* É que eu conto contigo (e com a Bea) para descobrir as tascas com a melhor francesinha/bifana/pizza/pasta, seja o que for! ;)
Em suma, este post não reflecte suficientemente o impacto que ambos tiveram na minha vida e no blog. Mas as palavras, mesmo em muita quantidade, não são suficientes para expressar o sentimento de gratidão e de profundo apreço, carinho e respeito que tenho por vós.
Até já Paulo e Zé Pedro. Espero ter forças e capacidade para continuar com o vosso bom trabalho, que o Psico mude, amadureça e dê lugar a novas histórias e novas memórias! E estejam certos que embora possam hoje ficar psico-adormecidos, nunca serão psico-esquecidos!
*Não te preocupes que na próxima jantarada és convidado na mesma. Talvez até consigamos convencer o Zé Pedro a desviar alguma cerveja belga cá pró Sul ;)