José Miguel Júdice na primeira pessoa

Diogo Agostinho, 27.10.08

Foi este fim-de-semana no programa "Diga lá Excelência" que o antigo miltiante do nosso Partido disse:

"Deixei de acreditar que o PSD sirva para alguma coisa."

Onde está o nosso Partido? Ninguém responde a esta mente brilhante?

Eu digo-lhe: O PSD serve para alguma coisa sim, e sem senhores como este Júdice fica bem mais puro para governar bem melhor que este PS e não pensar em interesses ou consultorias!

A desilusão só nos pode tornar mais fortes! Ingratidão e falta de amor pelo Partido é o que mais existe por aí...Lutem pelo nosso Partido, para melhorar o País.

7 comentários

Luis Melo 27.10.2008

Este senhor, é um dos que pertence á "data" de que falo no último post do meu blog. Anda atrás de quem tem o poder. Colou-se ao PSD durante uma década (85-95) e agora cola-se ao PS durante esta década.

Além disso, de há uns tempos para cá, alimenta a ideia de que pode ser candidato a PR, e por isso tenta "ganhar eleitorado" á esquerda.

A incapacidade do senhor, é demonstrada pela falta de argumentos para se impor politicamente. A única forma de o fazer, tem sido "ir na onda" da critica fácil e sem fundamento, ao PSD.
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Luis Melo 27.10.2008

Esqueci-me de responder á pergunta do Diogo: "Onde está o nosso Partido? Ninguém responde a esta mente brilhante?"

1-É bom que ninguém do PSD responda. É dar importância ao senhor, que ele não tem.

2-A melhor resposta a imbecilidades, é a ignorância e o desprezo.

3-Mente brilhante? Não entendi... o senhor passou a usar brilhantina no cabelo (e barba quiçá)? isso era nos anos 60...
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Nuno Gonçalo Poças 27.10.2008

Diz o Diogo Agostinho que «o PSD serve para alguma coisa sim, e sem senhores como este Júdice fica bem mais puro para governar».

Diz a Cristina Frazão que o PSD «precisa de senhores e senhoras com crença nos valores que são defendidos, não são necessário senhores que não acreditem nos valores em que acreditamos e defendemos.»

Note-se, antes de mais, isto: não sou especial admirador de José Miguel Júdice. Fazendo-me entender melhor, não tenho qualquer tipo de respeito intelectual ou político pelo senhor.

Mas sempre gostava de perguntar: que valores defende o PSD de hoje? Em que valores acredita?

Eu respondo: nenhuns. Por isso mesmo, não faz qualquer sentido que um partido sem valores (ou pelo menos desconhecidos) seja um partido com tão elevado estado de pureza que possa governar melhor que os outros.

O PSD transformou-se num partido cuja única finalidade é garantir o poder e conquistá-lo quando não o tem. É hoje um enorme albergue espanhol onde cabe tudo: conservadores, liberais, republicanos, monárquicos, sociais-democratas, democratas-cristãos, e por aí fora.

E não me venham falar naquelas coisas bonitas que são a "diversidade do PSD" ou a capacidade que o PSD tem para congregar toda a espécie de criaturas políticas. Isso são tretas...
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Paulo Colaço 27.10.2008

Duas notas:
1 - Diogo, o dr. Júdice deu-se mal na sua recente aventura socialista, com o desaire na frente ribeirinha do Tejo.
Quer agora provocar a ira de alguém para ser notícia duas vezes (com o ataque e com a resposta ao contra-ataque).
Responder-lhe é fazer-lhe a vontade.
Mas é para isso que servimos nós, militantes que opinam. O Partido conta connosco para os desmentidos do dia-a-dia, sem lhe dar a hipótese de diabolizar o próprio Partido.
O Partido não lhe responde mas respondes tu, eu e outros tantos.

2 - O PSD é um partido que funciona como grande chapéu-de-chuva. Todos se abrigam debaixo das varetas laranja.
Isso é bom ou mau?
É um fenómeno recente ou virá desde a fundação?

Está na génese do PSD ter a porta aberta a todos os pontos de vista. Eram pessoais muitos dos conflitos de Sá Carneiro (e de estratégia) mas uma leitura atenta aos livros que se escreveram sobre esses tempos permite concluir que havia muita luta ideológica no PSD da fundação.

Marcelo Rebelo de Sousa conta que certa vez, num Congresso do PSD, Sá Carneiro fazia o seu discurso mais à esquerda de sempre (escrito em parte por Pedro Roseta) e muitos delegados achavam que o líder estava a ser reaccionário...

Nesses tempos, o PSD usava a ideologia para atingir fins eleitoralistas, e a acção governativa era impulsionada pelas convicções e posicionamentos do seu líder. Ou pelo líder da coligação.

Criticar o PSD por ser tão aberto acaba por ser negar toda a sua história. Mas será que devemos apoiar essa abertura apenas por ser o nosso legado histórico?

Em minha opinião, o PSD pode albergar quem se quiser juntar. Porém, ao nível ideológico deve, isso sim, ser claro quanto à filosofia de programa de governo, que deve partir de um programa eleitoral claro e conhecido pelos eleitores a tempo.

Segundo sabemos, esse trabalho está a ser desenvolvido. Muito com o trabalho delegado no Instituto Sá Carneiro, que está a ser bem dinamizado.

Os militantes do PSD só cá devem continuar enquanto se sentirem bem. E só devem ser convidados para CPS, CPD, CPN, Governo, etc, se tiverem algo de positivo a acrescentar.

Não gosto de aqui ver chupistas nem me agrada que incompetentes nos representem onde quer que seja. No entanto, uma coisa é certa: reina no mar quem melhor souber nadar.

Compete aos bons nadar comme il faut
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Filipe de Arede Nunes 28.10.2008

Parece-me que o PSD anda à procura de algo que não tem. Por muitos esforços que se empreendam para encontrar os pilares da fundação ideológica, dificilmente se conseguirão encontrar.

Podemos perguntar: e isso é mau? Afinal, vivemos num mundo cada vez menos ideológico e onde se faz política maximizando o conceito de realpolitik .

Pessoalmente acho errado. Em momentos de crise, como actualmente, o PSD não tem nada onde se agarrar, vive à deriva. Ademais, o que é um Homem sem convicções, princípios , ideologias? O que procura? De onde vem e para onde vai? O que podem esperar de si?

No fundo, será que Júdice está assim tão longe da verdade? Para que serve o PSD hoje em dia? Como nos destacamos dos outros partidos? Qual a nossa mais-valia?

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
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