O Estado não pode ignorar o problema do “grande desajustamento” entre os salários dos gestores de empresas públicas e os mais altos magistrados, por exemplo. Belmiro de Azevedo diz que se isso acontecer, “qualquer dia somos geridos pelos piores e isso é um erro gravíssimo”.
“Criou-se a ideia que para se ser sério tem que se ser pobre e os ricos são um bando de ... e isso não pode ser. O Estado não pode entrar por esse caminho”, atirou o patrão da Sonae.
Eu não posso deixar de concordar com Belmiro de Azevedo. Há muito que estou atento ao seu apontar do dedo à falta de liderança que existe em Portugal.
Mas não o vejo como nenhum Santo nem Salvador da Pátria.
A meu ver, existe um excesso de culto de personalidade no mundo empresarial Português e também a tentativa de criação de dinastias no mundo pós-fascismo, que, não seguindo o saudável caminho alemão, pretendem adicionar as nossas únicas características a outras das piores que ocupam os negócios da Europa.
Há muita falta de transparência, e o Governo que temos de aturar neste momento é o melhor ecossistema para este tipo de malandrice ao mais alto nível do desenrascanço portuga.
Não sei se ele vem ralhar por ralhar, ou sem vem ralhar como pressão.
Haverá santos no mundo empresarial? O que pretenderá Belmiro de Azevedo?
Nos últimos dias acusou a Banca de oportunismo; criticou a nova lei do financiamento dos partidos;
atacou Teixeira dos Santos e o Governo no que respeita ao reembolso do IVA;
apelou à redução de salário e horas de trabalho como medida fundamental para a economia de Portugal;
desafiou o Porto a revolucionar a sua zona histórica e ribeirinha por forma a competir com Gaia e ainda revelou à imprensa nas Conferências do Estoril que está distantemente
enamorado pelo mercado Angolano...
Será isto Belmiro a mais, ou a minha lupa é que está para aí virada????