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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Um sinal?

João Lemos Esteves, 05.09.09

                                                             

Mais um debate desinteressante, pouco conteúdo e fraco impacto. No entanto, uma análise mais atenta revela um ponto que poderá ser relevante como bitola para analisar comportamento do PCP na campanha eleitoral.

 

Na quinta-feira, o debate com Louçã revelou um Jerónimo de Sousa receoso e apático - compreendia-se dado o PCP desprezar o BE à boa maneira marxista-leninista de ignorar os dissidentes da " linha oficial" da verdadeira vanguarda do proletariado. Hoje, Jerónimo de Sousa foi simpático, hesitante, muito suave com Sócrates - não se compreende. Então, Jerónimo de Sousa que tem agitado uma intensa contestação ao governo socialista, colando-o à direita, agora, enceta um processo de reconciliação com o PS e Sócrates?

 

A atitude de jerónimo de Sousa só pode ter uma leitura: Jerónimo de Sousa, antevendo a vitória do PSD, utilizou o debate para dar espaço a Sócrates para brilhar. Há muito que não víamos um PCP tão calmo, sereno,deixando Sócrates falar, desmentindo que as críticas do PCP fossem tão duras, admitindo que houve aspectos positivos da governação (afirmação que até há bem pouco tempo era um sacrilégio). E, por conseguinte, sem oposição, brilhou - teve a sua melhor intervenção televisiva desde há muito. 

 

A atitude de Jerónimo de Sousa nesta entrevista foi o primeiro efeito político efectivo da suspensão do Jornal nacioalde sexta-feira. Com efeito, caso não tivesse ocorrido este episódio político que prejudica tanto o PS; a atitude do PCP não teria sido outra? Mais agressiva, mais crítica? 

 

Aliás, o único ponto em que Sócrates não aproveitou a deixa de Jerónimo para brilhar foi no caso do Jornal Nacional. Desenvolverei este ponto em post autónomo.   

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