Assume-se na comunidade científica e na sociedade em geral que o clima está a mudar, que os trinta anos que passaram não serão semelhantes em termos de temperaturas e fenómenos climáticos, aos trinta anos que se seguirão.
Ao longo da história da Terra, mudanças semelhantes às que sentimos hoje sucederam-se, culminando no Planeta que conhecemos e cujas condições permitem albergar tantas formas de vida. O Planeta é um ser vivo, tal como nós, e apesar de muitas vezes não darmos conta, está em constante mudança. Esta mutação é feita num período de tempo bastante mais longo do que o tempo de vida do ser humano, daí não a sentirmos.
A história do nosso planeta é feita de fases de construção e destruição, de aumentos e diminuições de temperatura e do nível do mar. Rapidamente percebemos que somos apenas ocupantes temporários e a hegemonia humana tem de ser posta em causa.
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Chegou a altura de aceitarmos que as mudanças climáticas fazem parte de todo o processo natural de reinvenção do planeta e que cabe a nós exclusivamente o papel de nos adaptarmos e sobreviver, tal como os nossos antepassados fizeram.
As alterações climáticas não significam a morte, mas sim a mutação. Contrariando o nosso sentimento de poder e controlo, não foram as pessoas que criaram as alterações climáticas, mas podem ter acelerado todo o processo.
É uma chamada de alerta para repensarmos o habitat, a sociedade e a relação com o meio ambiente. Somos uma peça do jogo e não ditamos as regras.
Psico-Convidada
Beatriz Ferreira