Pilotos da TAP - Corporação SA
Estamos em crise. A TAP está em crise assim como as suas congéneres.
É um problema mundial. O CEO apelou à calma vezes sem conta. Apresentou os resultados. Mais que demonstrou que não tem onde recorrer aos fundos para as reivindicações pretendidas. Mas suas excelências arriscam a Companhia de Bandeira Nacional porque querem mais dinheiro. E muito mais. Porque já ganham pouco. Muito pouco, coitadinhos.
Mete-me NOJO esta greve. Mete-me nojo esta classe de corporativistas poderosos e gananciosos que pretendem sequestrar uma Administração, trabalhadores, os últimos dias de uma eleição e acima de tudo clientes para uma causa inglória, egoísta e sem sentido.
Não faz sentido não haver ligações Portugal-Brasil durante 48h... Isto apenas abre a janela de oportunidade à concorrência. Prejudica a operação já difícil da TAP. Aumenta o buraco do prejuízo. A TAP é pública. Por imposição da UE o Governo não pode injectar mais dinheiro na companhia. A atender às reivindicações a TAP teria de ir ao mercado captar dinheiro fresco. Isso significaria uma fusão ou algo do género. Da última vez que tal aconteceu foi o desastre de que temos memória com a enterrada Swissair. Ora que quer esta classe? Em quem pensam? Nos funcionários da manutenção que são excelentes? Nos Groundforce que não têm 1/2 das regalias? Nos outros tripulantes?
Façam-nos o favor, a nós Portugueses de terem um pouco de bom senso.
Cada piloto da TAP que se reformou em 2007, quando a idade da reforma era 60 anos, recebeu um prémio de jubilação, uma espécie de plano poupança reforma atribuído pela companhia, com o valor médio de 160 mil euros. O prémio, que é atribuído desde o início da década de 80, custou à TAP, nesse ano, mais de 2,2 milhões de euros. Para fazer face à despesa com este benefício a curto prazo, a empresa já constituiu uma provisão de 2,5 milhões de euros. Correio da Manhã