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Pedro Passos Coelho defendeu esta tarde que “o PSD terá de encontrar um caminho diferente no futuro”, mas afastou para já uma disputa pela liderança, adiando para depois das eleições autárquicas alguma posição mais incisiva. Ainda assim, deixou claro: “Nunca pedi a demissão de nenhum presidente” do PSD e “não irei” fazê-lo.
Passos Coelho considera que é tempo de dar apoio e estabilidade aos que estão em campanha eleitoral e por isso não é tempo para se discutir a liderança do partido. Ferreira Leite deverá ter um curto espaço, de duas semanas, em que a sua liderança não estará na agenda. Já ontem, a presidente do PSD deixou em aberto uma possível demissão após as eleições autárquicas, agendadas para 11 de Outubro.
“Respeito todos os autarcas que estão a lutar pelas campanhas eleitorais, o que me obriga a não abrir uma discussão interna no PSD que prejudicasse a campanha eleitoral”, afirmou Pedro Passos Coelho.
Contudo, “não podemos fazer de conta que não tivemos a derrota eleitoral que tivemos”, adiantou, acrescentou que “todos nos sentimos derrotados”.
Passos Coelho adianta que “o PSD vai tirar conclusões” dos resultados eleitorais mas “com elevação”.
Questionado pelos jornalistas se iria pedir a demissão de Manuela Ferreira Leite após as autárquicas, Passos Coelho afirmou: “Nunca pedi a demissão de nenhum presidente e não irei inaugurar hoje” uma nova postura. (!)
“É um tipo de cenário não se adequa” à situação actual, salientou.
Passos Coelho defendeu ainda que “o PSD terá de encontrar um caminho diferente no futuro. Não podemos ficar presos ao passado, mas não é altura de ter essa discussão”.
“A Dra Manuela Ferreira Leite já o anunciou”: depois das eleições autárquicas haverá uma discussão interna sobre resultados eleitorais e liderança do partido.
Passos Coelho sublinhou que só vai pronunciar-se quando decorrer o conselho nacional do partido, já que “sou conselheiro”.
O conselho nacional do PSD vai reunir ainda em Outubro, depois de serem conhecidos os resultados das eleições autárquicas.
Jornal de Negócios
negrito e exclamação encarnada da minha autoria