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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

É mesmo ele que querem?

João Lemos Esteves, 30.09.09

                                            

Passos Coelho é, tal como Sócrates, uma das criações mais perfeitas da comunicação social. O seu pensamento é pouco conhecido e o seu trunfo limita-se a ser mais jovem do que a maioria dos restantes putativos candidatos a líder (pouco mais novo, refira-se). Surgiu de sopetão na vida política portuguesa recente - e os media, desejosos de novidade (e porque em termos comunicacionais mais vale os soundbytes de Passos Coelho do que o estilo apagado de Ferreira Leite) apresentavam Coelho como o D. Sebastião que, numa noite de nevoeiro, apareceu para salvar o PSD.

 

Deixo aqui algumas questões para todos ponderarmos e reflectirmos, não seguindo a espuma mediática que tem sido tão negativa para o nosso partido:

 

1. - Passos Coelho defende o casamento entre homossexuais. Acham que um partido como o PSD deve assumir como sua bandeira esta causa? Querem que a ILGA, os movimentos gay andema  distribuir bandeiras em frente à sede do partido, como aconteceu no passado domingo, quando se confirmou a vitória do PS? Militantes da JS andarama  distribuir aquelas bandeirinhas...

 

2. - Passos Coelho é um liberal "à portuguesa", como afirmou Manuela Moura Gueses. Diz-se muito liberal, defende a privatização da Caixa Geral de Depósitos, masfica sempre a meio caminho, não tem coragem de expor o seu pensamento, entrando em contradições constrangedoras. Dá a sensação de que esconde algo. De quem tem consciência de que disser o seu verdadeiro plano estratégico para Portugal, não conquista um voto que seja! Não inspira confiança - pelo contrário, suscita muita desconfiança.

 

3 - Passos Coelho representa a renovação do partido. Como? Já olharam para o seu staff de apoio? Afirma-se, inclusive, que o seu mentor político é Ângelo Correia e tem dificuldades em se deslocar deste último. Mas não vou tão longe.  Basta saber que quem está com Passos é Mira Amaral, Miguel Relvas, Hermínio Loureiro, Paulo Teixeira Pinto, ...tudo rostos novos, frescos, cheios de vitalidade política! Haja sensatez na análise.

 

Caros companheiros, o futuro do PSD não pode passar por Passos Coelho. Não tem estatura política para proceder à refundação que alguns desejam - e o rumo que quer traçar para o partido é errado (o casamento gay é um dos pontos que o aproxima perigosamente de Sócrates). Passos Coelhos quer levar o PSD para uma esquerda liberal, que defende que o Estado deve desaparecer da economia, apenas corrigindo algumas desigualdades e a nível de costumes e questões comportamentais, cada um deve fazer auilo que bem quiser,  sugerindo até (vá se lá entender) a despenalização do consumo de drogas. Pequeno pormenor: o PSD não é o BE... 

 

Será isto que querem para o nosso partido? Vivemos num momento decisivo da história do PSD. Só um líder carismático, reconhecido pela sua honestidade e reconhecido pelos portugueses pela sua inteligência excepcional, poder de comunicação e capacidade d liderança poderá revitalizar o partido e lançá-lo par aum novo ciclo de vitórias. E as vitórias do PSD serão vitórias de Portugal. Direi quem é este nosso militante nos próximos dias.  

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