Portugal está dominado pela geração de Abril.
Os mesmos de sempre. Que juntos andaram na escola, na Universidade, na Revolução, e que juntos governam os destinos de Portugal. Nas empresas, nos grandes escritórios em algumas das autarquias.
Geração essa que com o seu respectivo mérito, apenas estava presente e deu a cara na altura devida. Na altura necessária. Eram jovens, sofridos ou não, experientes ou não. Hoje já não são. E esquecem-se. Esquecem-se que agora devem dar lugar a outros. Esquecem-se que o seu legado é suficiente, e que a sua perpetuidade não é nem necessária nem saudável.
E o problema qual é? No meu ver de merceeiro, estão a destruir as oportunidades da minha geração. Pelo egoísmo da continuação da sua, no ciclo vicioso que é a propagação do poder por si e pelos seus. Faço parte da geração perdida.
É algo que combato e combaterei com todas as minhas forças. Mesmo com a noção de que perderei eu próprio essas mesmas oportunidades mas com a certeza de que o futuro será da geração que me segue.
É isto que darei ao meu País e ao meu Partido. As minhas forças para abrir o lugar aos novos e para renovar o País.
Estou cansado dos mesmos. Cansado das mesmas histórias do passado. Cansado da escravidão a que elas obrigam. Cansado da renúncia do que é novo só porque o é. Cansado da hipocrisia de quem sendo novo, se comporta como velho só para se integrar como se não houvesse outra hipótese.
Acorda Portugal. Os jovens são o teu futuro.