Etnomatemática, Português "didáctico" e outras manias do "eduquês" da 5 de Outubro!
"Quem não lê não saber escrever português"! Esta foi uma das frases que caracterizaram a minha infância, daquelas frases chatas ditas até à exaustão pelos nossos progenitores (no caso em mãos, a mãe do lunático autor deste post).
Vem isto a propósito de quê?
No 4.ºano nem todos sabem quando usar "nós" e "noz"
Investigador preocupado com atraso das crianças na leitura. Falta formação dos pais e dos professores, aponta
"Quelle surprise"!! Um conjunto de pedagogos brilhantes achou que ler era aborrecido, ditados eram traumatizantes e que ensinar é "ajudar a compreender". Resultado prático à vista!
Mas não só o Português vive maus dias. Numa das minhas incursões na Livraria Bertrand num dos meus "momentos zen, chego à secção de matemática e que vejo? "Etnomatemática". Pensamento imediato: "Etno-quantas?!". Dou uma vista de olhos... e assusto-me:
A matemática (e ensino respectivo) deve ter um contexto cultural, a ser adicionado à já componente "pedagógica actual".
E eu, que até tenho formação em matemática, penso:
"Mas que raio?! 2 + 2 é igual a 4 em qualquer cultura, ambiente ou pedagogia!". Não me venham com as "matemáticas A ou B" ou "etnomatemática". Matemática é uma ciência clara e exacta e deve ser ensinado como tal.
Depois admiramo-nos com estes resultados. Ou com o triste cenário que é ver matemática universitária (e notas correspondentes), ou engenheiros a dizerem que "não sobrevivem sem calculadora". Solução das "mentes brilhantes"? Calculadora desde a primária mais uns quantos Magalhães.
Depois não se admirem de estar a formar "analfabetos funcionais"!