Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

A Geração da Liberdade

Essi Silva, 01.02.10

 

Tenho 19 anos. Nasci bem longe do 25 de Abril. Aquilo a que já ouvi chamarem a Revolução da Liberdade. Mas qual liberdade? E para quê?
De que serviu haver uma reforma do Estado português, dos políticos que nos governavam, se as coisas continuam na mesma. Não! Pior!

Admito-vos: a minha avó é uma fã incondicional do Plano Inclinado, programa que é transmitido aos Sábados à noite na Sic Notícias. Também é de Marcelo Rebelo de Sousa e à sexta via sempre, sempre o Jornal Nacional. Tal como ela, vejo e revejo o Plano Inclinado. Só troco o portátil e o semanário ou diário em formato digital pela televisão em três ocasiões: Marcelo Rebelo de Sousa, Plano Inclinado e sempre que ouço a voz inconfundível de Mário Crespo a ecoar pela casa. Porque para mim Mário Crespo é sinónimo de jornalismo íntegro e puro. Jornalismo de qualidade. Jornalismo da Geração da Liberdade.

Foi assim, que fui inundada com choque ao ler o seguinte artigo: "Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. [Mário Crespo]".

De facto, o maior argumento que os defensores da Democracia propagandeada pelo 25 de Abril me dão é o factor Liberdade.


Entendo as repressões que o Estado Novo fez abater sobre muitas famílias. Coisa que não entendo, é como é que os portugueses do séc. XXI, que viveram essa experiência deixam que os filhos, os netos ou eles próprios sejam submetidos às mesmas amarras que os "prendiam" há quase 36 anos!

Hoje sou inundada de vergonha, de tristeza. Foi hoje que me apercebi finalmente, que uma a uma se estão a abafar as vozes da liberdade, as vozes do não-conformismo.

E quando por fim o poder político conseguir o que quer (sim meus caros, porque lentamente o poder político ficará mais forte, mais inquebrável - não fossem os nossos governantes rejubilarem-se praticamente em público enquanto fazem a sua "purga"), tudo o que restará será SILÊNCIO.

(Nota de rodapé: Há poucas coisas que me impressionam. Mas de tal forma vejo com tristeza o meu Portugal a decair economicamente, socialmente e politicamente, com o absoluto fascismo no qual o país poderá ser embebido, que até lágrimas me vieram aos olhos.)

41 comentários

Comentar post

Pág. 1/3