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Durante longos meses aguardei o desenrolar dos acontecimentos relativos à liderança do PSD. Concordei com o adiamento desta questão para momento posterior à discussão do Orçamento de Estado, sabendo de antemão a dificuldade extrema de suster o debate interno até essa data.
Muitos nomes foram sendo avançados, alguns suscitando-me a minha estupefacção, outros a minha tímida esperança na concretização de uma candidatura.
Apoiei convictamente a candidatura de Manuela Ferreira Leite, nas últimas eleições directas do Partido. Pese embora, mesmo que assim não fosse, o meu cartão de militante e a devoção da minha militância levar-me-iam a ajudar qualquer um dos candidatos que tivesse saído vencedor no dia 31 de Maio de 2008. Talvez por isso, haja uma ancestral recandidatura às próximas eleições directas que merece a minha repulsa e indignação, pelo facto de se ter protelado e mantido ao longo destes quase dois anos de mandato da actual CPN. Oxalá a construção de ideias tivesse sido nos fóruns próprios e não tivessem interesses obscuros e secundários prevalecido e que em nada beneficiaram o nosso Partido.
Paulo Rangel avançou, há poucas horas, para a liderança do partido. Não perdi tempo em contas ou probabilidades. Já aqui tinha escrito que Paulo Rangel preenchia os requisitos para avançar nestas eleições. E, no Tivoli, entusiasmei-me com o discurso, empolguei-me com o desprendimento e a vontade de romper, revi um Rangel que apaixonou Portugal. E, a par do bom conhecimento que Paulo Rangel tem dos dossiers – sobretudo por ter sido um extraordinário líder de bancada na AR – este homem tem a soberba capacidade de galvanizar os que o ouvem e de fazer das suas palavras um chamamento de todos para uma causa comum. Eu respondi à chamada e fiquei esperançada com o que se avizinha para o meu Partido e para o meu País.