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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

E quem disse que os contabilistas não são criativos?

Guilherme Diaz-Bérrio, 19.02.10

 

"A perspectiva de poder haver necessidade de um aumento de capital [na CGD] não pode deixar de estar presente", nomeadamente no quadro das novas regras de Basileia que poderão ter impacto ao nível do capital e da liquidez do sector, admitiu o presidente do banco, Faria de Oliveira.

 

(...)

 

 O Estado, enquanto accionista único da CGD, vai receber do grupo 250 milhões de euros de dividendos, revelou o banqueiro que falava no final da apresentação das contas anuais de 2009. O banco apresentou lucros de 278,9 milhões de euros 

 

In Público

 

Confusos? Dirá uma pessoa normal no café: "Para que raio se vai distribuir dividendos ao Estado para depois voltar ao Estado a pedir mais capital?". 

 

Para reduzir o valor do deficit público no OE. "Como?" dirão os mais desatentos... é bastante simples meus caros. Alias, são 3 passos simples:

Passo 1: Pedir dividendos à Caixa Geral de Depósitos (ou a outra empresa pública do Estado). Dividendos contam como receita corrente, logo abate ao deficit.

Passo 2: Aumentar capital à Caixa Geral de Depósitos num valor igual ou semelhante ao valor pago em dividendos. Aumentos de capitais são despesas de Capital e Investimento logo, prestem atenção, não conta para a despesa corrente.

Passo 3: Recostarem-se na cadeira e admirarem a bela obra que fizeram ao ter conseguido por artes mágicas reduzir o defice em 2 passos simples. 

 

Ainda mais confusos? Pois. É que não se reduziu nada. Simplesmente se passaram valores para o Sector Empresarial do Estado. Uma forma fina de desorçamentação sem dar cana. Uma forma, entre muitas que dá para fazer com Empresas do Estado.

 

E assim segue a procissão...

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