A ser verdade mais vale refundar a república
Gosto de me considerar um institucionalista, alguém que olha para as estruturas formais do Estado (e também de toda a sociedade civil) com o respeito e deferência máximos, pois que o merecem os pilares da democracia. Contudo, é cada vez mais difícil respeitar Portugal, não o país, as pessoas e todo o seu contexto metafísico (emoções, cultura e pensamento), mas sim o Estado de direito e as instituições que o compõem.
Afinal o que resta a um povo que não pode respeitar os seus políticos? O que resta a uma nação quando o poder executivo e o poder legislativo sucumbem perante a ignomínia de múltiplos processos mal explicados?
Dir-se-à: "o sagrado refúgio da justiça, imperturbável perante os vícios e promiscuidades que afligem o profano mundo da política"? Pois, parece que não.