Há uns anos, dizia-se que José Cid era todo postiço: olho de vidro, perna de pau, capachinho, etc. Era um mito urbano que muito deveria irritar o cantor.
Um dia, deixou-se fotografar nos preparos que a imagem mostra. Aparentemente, a ideia era desmistificar.
Ontem, no Congresso do PSD, Pedro Passos foi o novo José Cid. Tentou desmistificar as suas ligações perigosas.
O Congresso não gostou do tipo de discurso, que roçou o grosseiro em alguns casos.
Aguiar Branco: um homem que não precisa de provar nada.
Tem liderado superiormente o Grupo Parlamentar.
Tem o que é necessário para ser líder (capacidade, honra, postura), mas falta-lhe o que é fundamental para ser um líder vencedor: o apoio das massas.
Paulo Rangel: fala apenas para fora. Uns dirão que é por estratégia e, diga-se, boa estratégia. Eu acho que é, sobretudo, por não saber falar para dentro.
Os antigos líderes: gostei de os ouvir a todos, com excepção de Menezes, que me dá urticária.
Os Congressistas: houve muitas críticas ao modelo de Congresso reduzido e à possibilidade de ser transformado em Congresso de um dia só, mas foi flagrante a quantidade de delegados que transformou a reunião em mero happening social.
A revisão estatutária: o parente pobre deste meeting. Penso hoje que terá havido precipitação. Esta revisão deveria ter lugar no outro Congresso, já sem a pressão da eleição do líder.