XXXIII (também se lê chiii) patrão!

O que mais se ouviu nos corredores do congresso foi a seguinte frase: "este é que podia ter durado um dia só". De facto, os 3 dias em Carcavelos souberam, a muitos, a tempo demais.
O fito era de grande dificuldade, o país esperava a reedição das efervescentes intervenções do congresso de Mafra (e um Fernando Costa a toda a força). Convenhamos, todos nós sabíamos antecipadamente que assim não seria. O "problema" das directas, já o sabemos, é este: nos congressos que se lhes seguem há muita parra e pouca uva. Claro que é louvável o esforço dos congressistas que levaram várias moções a discussão, que verdadeiramente não chegaram a ser discutidas, mas tão somente enunciadas. O que se nota, porém, é que o espírito de um congresso electivo (ou consagrador) é avesso a discussões de fundo sobre matérias cuja densidade clama por outra disponibilidade.
"Atrás dos tempos vêm tempos" (obrigado Fausto) e, no PSD, é tempo de começarmos a reformar cá dentro, antes de o fazer lá fora. Não nos devemos bastar com a imitação das directas dos outros. Teremos, a breve trecho, a oportunidade de corrigir alguns aspectos menos conseguidos deste modelo (que, confesso, não é o meu preferido). A revisão estatutária que se anuncia convida-nos a reflectirmos sobre o que aí deve vir. Saberemos certamente estar à altura do chamamento.