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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

"Contra os canhões marchar, marchar!"

Essi Silva, 13.04.10

De volta da minha outra terra, venho partilhar-vos algo que gostava de ver novamente aplicada em Portugal. Na sexta-feira, fui jantar a casa de um amigo de família, um violoncelista conceituado finlandês, ao que aparece o filho dele, fardado, pronto a tocar com o pai. Perguntei-lhe como era a experiência dele a cumprir serviço militar e fiquei com uma opinião positivissima.

 

O orgulho em servir o país

 

Na Finlândia, sob o artº 127 da Constituição, o recrutamento dos homens faz parte do conceito de dever de defesa nacional.

O recrutamento pode ser feito tanto sob a forma de serviço militar como através de serviço cívico. Interessante, no entanto, é que por ano, cerca de 80% dos jovens que atingem a sua idade de recruta (os 18 anos), partem para cumprir o serviço militar, enquanto que os restantes optam por cumprir o serviço cívico.

O período de serviço militar encontra-se entre os 6 e os 12 meses, sendo o cívico sempre de 12 meses. Caso um jovem se recuse a cumprir o serviço militar ou civil, terá de cumprir integralmente 182 dias de prisão. O serviço militar poderá ser adiado por motivos de estudo, trabalho ou afins, até aos 28 anos.

 

Aos recrutas, não só é garantido alojamento, roupa, alimentação e cuidados de saúde, como entre 4,40€ a 10,20€ por dia, dependendo do seu tempo de serviço. O Estado também paga a sua renda e contas de electricidade. Caso tenham família, também esta tem direito a benefícios. É ainda ilegal despedir um empregado em função do serviço militar.

 

Os moldes do serviço cívico são semelhantes, tendo um período fixo de 362 dias e consistindo em treino básico e no serviço verdadeiramente dito.

 

Entendo as questões de objecção de consciência, mas porque não adaptar o modelo finlandês, adicionando na equação o serviço em ONG's?

 

 

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