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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Passos para o Futuro (9)

jfd, 02.05.10

Intriga-me algo de estranho que se está a passar com a recepção do novo presidente do PSD Pedro Passos Coelho. Enquanto alguns estão felizes com esta clara vitória e este feliz início de mandato, outros, incomodamente próximos ou estão calados ou estão em choque. Aqueles ficam-se pelo benefício da dúvida envenenado; pode ser que a coisa corra mal, já estes estão no seu direito de com argumentos válidos ser contra as opções do PSD das últimas semanas apresentando as suas alternativas como contraponto. Tenho muito respeito por estes que sendo contra nos dizem o porquê mas não me inspira em nada aqueles que ficam sentados esfregando as mãos a cada decisão esperando pelo primeiro deslize para poderem vociferar as suas frustrações e maus fígados. É fácil saber quem são. Mas a mim pouco me interessa, embora seja pública a minha pouca tolerância para aquilo que considero injusto. Preso por ter cão e esfolado por não o ter apenas me deixa triste e com raiva. Dêem o espaço necessário para os que as soluções aconteçam. Soluções essas que não aconteceriam no anterior cenário de crispação. De que nos serviu tal ambiente?

Em poucas semanas Pedro Passos Coelho passou do “inexperiente” para peça fundamental no futuro do País. Convidou-se para com o Primeiro-Ministro discutir

a situação e avançar desde já com soluções. Recebeu no mesmo dia os mais proeminentes economistas da nação. Fez pose para a fotografia para os mercados externos. Falou para dentro do país informando estar a dar a mão a Portugal e não ao Governo. Tem vindo a arrumar a casa de forma cordial e silenciosa, sem casos nem atritos. O que querem mais? O que se pode fazer neste tempo? O que se pode fazer de futuro que seja REAL e SUSTENTÁVEL? Não sejamos cínicos pois tem de haver espaço para a estratégia política. Pedro Passos Coelho não está a chamar a si as soluções, mas sim ao Governo. É ao Governo que compete a resolução da situação, estão mandatados para isso, ao partido da oposição compete colocar-se num posicionamento em que não desfazendo do País também não desconsiderará as ambições dos seus eleitores.

De Pedro Passos Coelho esperam-se milagres! Quer por parte de quem o apoiou e está satisfeito com o desenrolar da situação quer pela parte de quem o sobrecarrega com expectativas e obrigações com o intuito de o fazer desmoronar.

Terei paciência e maior poder de encaixe para aguentar esta gentinha insatisfeita, estes intelectuais sociais-democratas sem tacho e os baronetes e baronesas sem trono.