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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Que Europa queremos?

PsicoConvidado, 09.05.10

 

Que Europa Queremos?

 

9.Maio.2010

 

Celebramos hoje o 60º aniversário da Declaração Schuman que marcou o início do projecto comunitário.

9 de Maio, Dia da Europa, um dos símbolos da União Europeia.  Mas só 16 dos 27 Estados-Membros subscreveram a Declaração nº 52 anexa ao Tratado de Lisboa que reconhece este dia 9.Maio.

 

O facto de 11 dos Estados-Membros (França, Holanda, Irlanda, Reino Unido, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Estónia, Letónia, República Checa e Polónia) terem decidido não o fazer, é um exemplo da diversidade da nossa Europa.

 

Nem todos os 27 subscrevem integralmente a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, nem todos integram o Espaço Schengen, nem todos se vinculam às políticas sociais, nem todos adoptaram o Euro, a nossa moeda comum.

 

27 Estados-Membros, 500 milhões de habitantes e uma geometria variável tornaram mais complexo os processos de decisão e a gestão deste Espaço comum.  Por isso também o Tratado de Lisboa é muito importante.

 

A recente crise económica e financeira está igualmente a pôr à prova a solidez da União.

A Europa só será forte se conseguir manter um elevado nível de coesão e solidariedade.  Não se trata de conformar a UE às nossas necessidades.  A Coesão Económica e Social é um dos objectivos previstos nos Tratados desde Maastricht.

 

Se, por força da dinâmica do mercado interno, de políticas erradas ou apenas da omissão dos poderes comunitários se aprofundarem as assimetrias de desenvolvimento entre os mais ricos e os mais pobres, a UE deixará de fazer sentido.

 

Quer estejamos em Portugal ou na Alemanha temos de saber se somos mais fortes e estamos mais protegidos juntos ou se acreditamos novamente nas fantasias do "orgulhosamente sós" afogados nos egoísmos nacionais.

 

E se acreditamos na Europa forte, coesa e solidária temos de perceber que o interesse comum nem sempre coincide com o interesse de cada Estado-Membro.  Umas vezes haverá convergência, noutras maior divergência.  O que interessa é que o interesse comum potencie o crescimento e a qualidade de vida de todos os nossos povos.  Para isso também, temos de fazer com que a Europa não seja uma realidade tão distante e temos de assumir de forma mas consequente a nossa condição de cidadãos europeus.

 

PsicoConvidado Carlos Coelho

Eurodeputado

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