Esperança e Fé

O Papa Bento XVI está no nosso País. Ontem chegou a Portugal e recebeu uma tremenda recepção. Com honras de Estado, acompanhado pelo nosso Presidente da República. O povo saiu à rua. Com as tradicionais bandeirinhas, com vivas ao Santo Padre. O que assistimos foi uma tremenda manifestação de fé e esperança. Ver um Terreiro do Paço com milhares de pessoas, muitos jovens, movimentos católicos, pessoas a saírem dos seus trabalhos e a dirigirem-se para ver o Papa. À noite na Nunciatura Apostólica, jovens a cantar, rezar e saudar Bento XVI. Um programa que irá continuar por Fátima e pelo Porto.
Mas que podemos nós pensar desta demonstração da população portuguesa? Ora, não estamos perante um João Paulo II, um homem carismático, que mexia com as pessoas, criava empatia. Não. Este é Bento XVI, uma pessoa diferente, mais reservado, mais "apagado", mas nem por isso as pessoas deixaram de saudá-lo, de sair de casa e gritar o seu nome. Esta situação não foi contra ninguém, não foi uma imposição, uma luta de religiões, foi uma atitude espontânea, com um sentimento claro: as pessoas precisam de fé, de sinceridade para continuarem a viver. Esta onda de entusiasmo revela que as pessoas estão carentes. Necessitam de apoio, de carinho.
É certo que muitos dizem, que estas manifestações só ocorrem quando há visitas ou momentos solenes, mas é preciso transformar esta onda de generosidade e amor para o nosso dia-a-dia. É essa a lição que devemos levar destes 3 dias de visita de Bento.