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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

The PSD way of life

João Marques, 13.05.10

 

 

Na minha modesta opinião, um governo social-democrata deveria empreender uma série de reformas impopulares e (mas) progressistas, liderando os caminhos da tortuosa tempestade que atravessamos.

Um governo social-democrata teria, nesta altura, sido corajoso e avançado com o fim do 13.º mês e do subsídio de férias. Calma, não sugiro que se retire ainda mais aos que já têm pouco, embora não enjeite sacrifícios. O que proponho é que essa pseudo-esmola, dada em jeito de desculpa pela miséria do resto do ano, deveria ser diluída pelos salários mensais dos funcionários públicos. Admito até que nos casos de salários mais elevados a diluição fosse acompanhada de uma diminuição no valor líquido pago. Bem sei que um pouco por todo o lado se cultiva este estranho costume, mas é tempo de tratarmos os cidadãos como pessoas adultas. Se o valor a que têm direito é aquele acrescido dos subsídios, porque raio há-de o estado comandar o momento do seu recebimento?!

Acabando com esse costume de "tio rico e solteirão" que só se vê nos aniversários e natais, o estado seria bem mais "amigo", pondo o dinheiro mensalmente na carteira dos seus funcionários, ao invés de acenar com "cenouras" virtuais que, dadas neste amontoado semestral, aconselham ao gasto rápido e à ilusão da carteira recheada.

Um estado social-democrata acompanharia alguns dos sacrifícios agora pedidos com um aumento (ou criação, quando inexistentes) dos bónus/prémios de produtividade, não basta dizer que é preciso apertar o cinto, é imperioso estimular a competência e os ganhos de eficiência.

Finalmente, um governo social-democrata abrandaria o investimento público nas grandes infra-estruturas e aumentaria significativamente a dotação orçamental para investigação e parcerias universidades-empresas, apostando na criação de valor acrescentado e de produtos diferenciadores.

Entre outros...

Enfim, aguardemos por um governo social-democrata.

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