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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Falso optimismo na Saúde

PsicoConvidado, 13.09.10

 

Ana Jorge (Ministra da Saúde) anunciou, este mês, uma diminuição de 10,5% do défice do SNS, ou seja, atingiu os 101,6 milhões de euros no final do primeiro semestre face a 113,5 milhões de euros registado em igual período de 2009. Como é habitual no actual governo socialista, neste cenário está camuflado o verdadeiro valor do défice. As contas provisórias que o ministério apresentou á um ano indicavam que o saldo correspondente ao primeiro semestre era positivo em 40,5 milhões de euros. Conclui-se assim, que o défice do SNS aumentou 154 milhões de euros.

 

A indústria farmacêutica e as farmácias ameaçam cobrar juros de 6% sob o valor da dívida, 930 milhões e 100 milhões, respectivamente. Os hospitais EPE atingiram prejuízos na ordem dos 216 milhões de euros no primeiro semestre de 2010, mais 153,8% que em 2009.

Existem 1200 doentes que aguardam internamento na rede nacional de cuidados continuados, enfrentando longos períodos de espera que, frequentemente, atingem os seis meses na região de Lisboa. Apenas 22 a 20% das unidades de saúde cumprem a lei relativamente á afixação e divulgação na internet dos tempos de resposta.

 

Perante isto, a Ministra da Saúde afirma que o SNS está cada vez mais forte, eu questiono… forte em quê?

 

Na minha opinião, é necessário optimizar os recursos e racionalizar a gestão do SNS, que visa o combate ao desperdício e a criação de riqueza. Em muitos hospitais, o valor anual gasto em medicamentos que são desperdiçados seria suficiente para abastecer populações carenciadas.

 

Se continuarmos a gastar sem economizar, os recursos dos hospitais públicos vão ser, ainda mais, escassos. Consequentemente, o acesso a tratamentos dispendiosos como por exemplo, a quimioterapia vai ser mais limitado e selectivo. Esta situação irá reflectir-se, negativamente na saúde pública nacional em que o elevado índice de pobreza impossibilita o recurso a alternativas ao SNS.

 

PsicoConvidada Isabel Capoulas

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