Quem me tem vindo a ler sabe que Pacheco Pereira está num dos lugares cimeiros na minha lista de consideração. Especialmente quando todos estão contra ele, cá estou eu com uma palavra amiga. Tal é a admiração pelo animal político que não me desilude. O que não me impediu nem me impede nem impedirá de o trazer para a realidade que se lhe foge da razão quando acorda do lado errado da social democracia. É o chamado tough love. E aqui vai.

Pacheco reclama do processo do projecto de revisão, é acompanhado por mais dois. Um nada me diz, o outro só me traz infelizes recordações e apenas lá está como produto de uma lealdade intemporal à precursora da Política da Verdade, nada mais. Serão legítimas as questões de Pacheco? Claro que sim. Teve tempo, forma e local para as expressar e integrar no processo? Acredito que sim, sendo que não posso afirmar categoricamente que sim pois, conhecendo o seu feitio, certamente esperou por este momento para utilizar álibis como os 7 minutos, ou a reunião parlamentar do líder. É política é verdade, mas é política desnecessária neste momento. Se a quer fazer que a faça entre portas e sem eco para o público que não necessita saber dos amargos de boca deste e dos outros 2 deputados. Deviam estes 3 senhores aprender com os 20 deputados que não assinaram e que certamente farão chegar o seu descontentamento quer ao líder da bancada ou ao líder do partido, não sendo necessário anunciar à imprensa, como fez Preto, de que escreverá uma carta a Pedro Passos Coelho. Ai que gentinha. Eu fico triste e desiludido com esta companhia de Pacheco tão bem descrita por CAA. Mas cada um sabe com quem se dá! Eu seria melhor companhia. Mas, da única vez que lhe pedi para me assinar um livro seu, fez-me um grande favor com ar de frete. O único email que lhe enviei a agradecer a sua presença em determinado local e a sua forma de ser nunca me foi respondido. Já lá vão anos. Porque serei eu ainda seu fã? :P