A luta continua, mas contra quem? - Parte II
Depois dos murais do PCP de Almada terem sido misteriosamente pintados durante a noite pela segunda vez consecutiva, os comunistas decidiram apresentaram uma queixa-crime contra desconhecidos na PSP por considerarem estes actos "uma inaceitável demonstração de intolerância".
Apesar dos apelos da oposição para não o fazerem, o PCP reafirma a sua revolta e vai repor os “Lenines” e as rubras bandeiras por Almada fora ainda este mês.
Tal como na América Latina iletrada do século passado (ou deste século...), o partido continua a querer educar o povo a pensar em conformidade com o regime, factor fundamental para resgatar da ignorância e molda-lo aos "novos tempos".
Persiste na divulgação da mensagem através de bonecada, assolapados por um instinto infantil que não merece benignidade e enternecimento.
No final desta jornada de trabalho, os camaradas vão regressar à sua sede kitsch e refugiar-se no silêncio da doutrina partidária até alguém voltar a defender com a sua própria trincha o direito de não querer um Lenine pintado à porta de casa.