Hoje vi uma reportagem sobre a discussão nos EUA em torno do Sistema Nacional de Saúde. Um operário americano, com baixos recursos económicos e deficientes níveis de escolaridade, quando questionado por um jornalista sobre se concordava com o novo modelo de SNS, responde: “Depende. Quanto é que isso me vai custar?”. Considero que esta resposta é de um esclarecimento ímpar porque a noção de que o Estado não se financia num buraco negro está longe do estabelecimento na cabeça dos portugueses.

Estamos à beira da banca rota e os sindicatos convocam greves para puxar à sua sardinha os poucos recursos económicos que sobram. Interrompem a produção e consequentemente suspendem o envio dos impostos ao Estado resultantes dos lucros da produção desse dia, mas ao mesmo tempo exigem aquilo que tão relutantemente fazem: riqueza. Este sindicalismo é o sindicalismo do facilitismo e da irresponsabilidade!

E como se não fosse o suficiente, os mesmos partidos que não hesitam acusar o PSD de ser irresponsável ao querer ponderar o voto favorável de um documento de importância crucial ou de ser complacente com um Governo que não presta, apoiam este tipo de sindicalismo fútil, insignificante e ocioso.