Um dilema (pouco) Alegre
Muitos têm dado a sua opinião sobre o que entendem sobre este Orçamento do Estado! Muitos... mas não Manuel Alegre!
Este silêncio de um candidato à mais alta magistratura do país é comprometedor!
Para alguém que sempre anunciou a sua candidatura como "suprapartidária, mas não neutra" demonstra agora que se encontra preso às posições opostas dos partidos que o apoiam. Por um lado o BE que vai votar contra este OE, do outro o PS que é seu autor!
Foi Alegre que acusou Cavaco de ser conivente com vários compromissos, mas é ele quem se encontra agora amarrado a uma teia tão densa, espartilhado entre os compromissos com o BE e o PS, tendo de evitar qualquer irritação de ambas as partes, perdido na confusão ideológica que sempre o caracterizou!
O que se pretende de um candidato presidencial é que tome posições firmes, concretas e transparentes, apresentando orientações através de um programa claro baseado na realidade. Que no meio da tribulação seja a voz da moderação e do equilíbrio, alertando sempre para o que está mal e evidenciando os bons exemplos... nunca se remetendo ao silêncio quando se trata de uma questão de importância nacional.
Esta candidatura é de facto neutra, porque Alegre não se sabe para onde virar...
Esta candidatura passou rapidamente de suprapartidária para infrapartidária, porque Alegre se sucumbiu aos interesses dos partidos que o apoiam...
Não é este o Presidente que Portugal precisa!