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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

... mas Portugal mal consegue sair da cepa torta!

Paulo Pinheiro, 05.11.10

tks(continuação do post anterior)

 

Em 2010, Portugal ocupa a 40ª posição entre 169 países (139 com informação completa), tendo caído seis posições desde o ano passado, apesar de ter havido algumas alterações nos critérios.

 

Apesar dos indicadores que medem o bem-estar dos portugueses têm vindo sempre a melhorar, o que se passa é que outras nações aceleram e Portugal move-se devagarinho.

É o que se conclui quando se olha para os indicadores que medem a percepção dos cidadãos sobre a sua felicidade e bem-estar. Os portugueses, numa escala de satisfação de 1 a 10, colocam-se no ponto 5,9. Os brasileiros, que estão na 73ª posição, assumem-se bem mais felizes (7,6) e até as gentes do Malawi, quase no fim da tabela (153º em 169 países), têm níveis de satisfação superiores ao dos portugueses (6,2).

O problema dos portugueses parece residir apenas em relação ao seu nível de vida, que só satisfaz 47 por cento dos inquiridos, já que não se sentem mal no emprego e estão de boa saúde.

Esta insatisfação pode ser explicada por alguns indicadores que surgem pouco favoráveis a Portugal. É o caso do crime, por exemplo. Entre os 42 países no topo do ranking, a percentagem de vítimas de assaltos é a mais alta - sete por cento já foram roubados. Outro dos factores que contribuem para o mal-estar é a insatisfação com a falta de casas a preços acessíveis - só em Espanha e na Eslovénia será pior.

Percepções à parte, há de facto maus indicadores. Um deles é o da população que concluiu o secundário. Em Portugal, a percentagem situa-se nos 27,5 por cento, a pior entre os 42 países. Além disso, a taxa de chumbos nas escolas é a mais elevada - 10,2 por cento. Tem também uma média de anos de escolaridade inferior à maioria dos países no topo da tabela - 8 contra 12,6 na Noruega, o país que ocupa o topo do ranking.

Há mais indicadores, mas entendi serem estes a evidenciar!


Sofremos na pele nestes últimos anos o que é governar para as estatísticas, maquilhando resultados e a realidade, mas mesmo assim, apesar de não nos devermos aprisionar por números, são eles que nos dão a face concreta da realidade comparativa... 

 

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