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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

5-0

Essi Silva, 08.11.10

 

Não é que eu desgoste de futebol. Em miúda fazia colecção de cromos, jogava à bola e era uma fã louca do Glorioso.

Hoje o tempo foi-se e numa vida de prioridades, a única que tenho ligada ao futebol é manter as quotas pagas para poder ir aos jogos de tempos a tempos.

Ontem o Benfica sofreu uma derrota vergonhosa. Mas eu não vos venho falar de futebol. Venho fazer-vos uma pergunta.

Acham-se seguros no nosso país?

Eu não.

A sério que não.

Exemplos há muitos. Entre grupos de jovens que são ladrões conhecidos mas que acabam por nunca ser julgados, nem tampouco presos, e que continuam a sua vida à custa dos outros; ao Benfica.

E sim, eu sei que pode parecer um exemplo ridículo. Mas no nosso país o Futebol é centro de quase todas as atenções (agora foi destronado pela crise e pelo nosso PM), portanto não vi com muito espanto a decisão de colocar 600 efectivos da PSP no jogo do Dragão. 600 efectivos a menos a patrulhar nas ruas, não é?

Só que mesmo com esses 600 efectivos, houve bolas de golfe a voar. Tolerância zero? Talvez. Mas e se o cenário fosse outro e em vez de bolas serem tiros? Se mesmo com 600 polícias a tentarem proteger a fúria de adeptos se vêm em dificuldades, imaginemos que estariam a proteger pessoas "normais" de uma ameaça de morte? (Sim, porque parece que a maior preocupação da PSP era o plantel do SLB e não a segurança dos adeptos.)

a) Estaria um contingente tão grande da PSP? Ou a polícia só aparece nos jogos de bola, nas apreensões de droga e a passar multas?

b) Mesmo que estivesse, serão as estratégias da PSP suficientemente boas para evitar a consumação de uma ameaça?

c) E se não estiver, o problema é de quem? Dos polícias, de quem lhes dá formação, das leis que os restringem ou do Estado que não lhes dá recursos?

 

As respostas podem ser várias, mas preocupa-me enquanto cidadã, ver cada vez menos policiamento para a prevenção e segurança, e cada vez mais uma obsessão pela multa.

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