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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Uma questão de postura

Rui C Pinto, 03.01.11

 

 

Foi, há alguns dias, aprovada a licença de construção do apelidado "mono" do rato. Um projecto arquitectónico de Frederico Valsassina e Manuel Aires Mateus. Perante a aprovação, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa ter-se-á mostrado surpreendida com o desfecho do processo... (!!!!!!!) Desta forma, o promotor imobiliário retira a acção judicial que levantara aos vereadores que em 2008 se recusaram a licenciar a obra: Helena Roseta e Ruben Carvalho.

 

Já o PSD e o CDS partilharam a opinião de que não compete aos vereadores avaliar a natureza artística da obra, mas sim agir em conformidade com a lei, tal como aconteceu. Na votação de ontem, ambos se abstiveram.

 

Eu tenho que relembrar aqui (porque nunca é demais bater nessa malta que distingue o bom do mau, e até nessa outra malta da boa e da má moeda...) as declarações de Pedro Santana Lopes - à época Presidente da CML - em relação à proposta arquitectónica de Siza Vieira para Alcântara (esse projecto que incendiou a cidade e quase a levou a referendo...), que mostram a sua postura, mas sobretudo, a sua elevação e inteligência:

 

"É bom que tomemos este projecto como um acto de cultura, um acto de desafio à comunidade", disse Santana.

 

Ao eleger um Presidente para a cidade de Lisboa, deve eleger-se uma postura, uma visão, uma forma de olhar o mundo. António Costa pode ser excelente a passar por entre os pingos de chuva, mas nunca estará ao nível do desafio social e cultural que uma cidade como Lisboa representa.

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