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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Incoerências...

Rui C Pinto, 06.01.11

É com muita ironia que vejo o cidadão Manuel Alegre (e parte do Partido Socialista) exigir a um cidadão que prove a sua inocência depois de terem andado a berrar aos sete ventos contra a proposta de um seu ilustre militante (João Cravinho) de combate à corrupção por implicar o princípio da inversão do ónus da prova...

 

Então agora o cidadão Cavaco Silva tem de provar, perante um tribunal mediático, que é inocente num cenário fantasiado por um seu concidadão? Cenário esse que resulta de um exercício incoerente e maniqueista motivado por puro desespero eleitoral.

 

É relevante? Eventualmente será. Um candidato presidencial tem o dever de transparência para com os seus concidadãos. Mas disso não podem acusar Cavaco Silva. O assunto é transparente como água. Comprou acções de uma sociedade não cotada, isto é, fez uma aplicação financeira e teve o seu retorno. Comprou a 1 euro, vendeu a 2,4 euros. Tomara eu desses negócios! Alguém suspeita que tenha havido compadrio, compra de favores, compra de influências políticas? Se alguém as tem, fique com elas para si. Também eu desconfio que as vizinhas limpam os pés no meu tapete para não sujar o delas, mas é um martírio que guardo para mim e tenho de viver com ele. Agora, não lembra ao diabo, que lhes vá bater à porta pedindo que provem que não limpam lá os pés... Mais, a informação que Manuel Alegre exige a Cavaco Silve é conhecida, foi publicada a seu tempo pelo Expresso (em 2009, vejam bem!!!). Por tudo isto, esta situação é de lamentar profundamente mas é sobretudo indecorosa para Manuel Alegre. Eu, pela minha parte, sinto-me confrangido por esta campanha.

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