O Magreb está em ebulição. Primeiro foram os tumultos na Tunísia motivados pela imolação de Mohamed Bouazizi. Um acto desesperedo de um jovem que promoveu uma revolução no país que levou à fuga do Presidente Ben Ali, há 23 anos no poder.

A revolta contra a política económica do governo teve o rastilho nos jovens que se viam excluídos do mercado de trabalho, apesar de um crescimento económico sustentado (era de cerda de 3% este ano). O desemprego e a pobreza motivaram uma revolução comunicada via Facebook e Twitter, e que se manifestou pela força nas ruas com confrontos violentos com a polícia.

Agora, os olhos estão voltados para a vizinha Argélia onde ocorreram tumultos em paralelo aos tunisinos, e para a Líbia e Egipto. A região partilha os mesmos problemas económicos e sociais: uma população jovem que não tem integração no mercado de trabalho, apesar do crescimento económico. Hoje, um jovem egípcio imolou-se frente ao parlamento egípcio.

Os próximos dias serão de instabilidade na região e deveriam ter maior cobertura por parte dos nossos media e por parte dos nossos dirigentes políticos, já que, temos muitos interesses económicos e estratégicos na região...