Non-violent protest for dummies
Bush acreditava que a relação entre os Estados Unidos e o Médio Oriente deveria ser pela força para garantir a estabilidade. No médio oriente, aposte no cavalo forte.
Temos vindo a descobrir a incrível força moral do protesto não violento contrariando o intrínseco preconceito de que os árabes muçulmanos apenas conhecem a linguagem da força e do desespero violento e sanguinário. Realmente verificamos em directo e na primeira pessoa, sem filtragens nem subterfúgios que o poder da não-violência é de facto uma lição para todos. Por exemplo os Palestinianos que caso tivessem desde sempre optado por um caminho de não-violência teriam já encostado Israel a um canto negocial.
Há quem acredite que para a não-violência ser efectiva terá de haver uma grande proliferação da mesma pelos media. Há quem chame isso de propaganda. Aquilo que damos de barato aqui pelo nosso canto do mundo, como a CNN e afins e que terá sido fulcral no movimento da minoria oprimida na América dos anos 60 durante o movimento dos direitos civis, e agora algo que chega com forca ao médio Oriente tanto pela aljazeera como pelo twitter, facebook e pelo poder do telemóvel na mão de cada jovem que grava aquilo que não vemos e ouvimos falar.
Enquanto há quem queira relativizar e contextualizar as coisas ocidentalizando de forma a colocar o centro dos acontecimentos no seu umbigo e nos seus interesses, quem quer pode continuar a ver os acontecimentos a nu e a cru como bem entender.
E quando o regime entra em casa de cada um que se cria a noção do que realmente se passa.
A primeira Intifada foi consideravelmente mediatizada tendo sido os Palestinianos relativamente pouco violentos. Agora resta a esse conflito que adoptem de novo uma política de não-violência que traga ao de cima aquilo que muitos classificam como mito; que é um Israel que não recua um cm num ideia ou num sentimento em função do status quo e sob ordens de um governo extremista e ao qual não se exige o mesmo que a outros tais se lhes exige...
Israel teme esta nova ordem. Foi-se Mubarack, temem pela Arábia Saudita, temem pelo Rei da Jordânia.
Mas quem sou eu? Não sou um especialista sou um apaixonado.
Eu só acho que estando o Irão a ganhar com todo este terramoto de poder, deveria Israel demonstrar porque é sempre tida como a única democracia na região demonstrando, por liderança, ser um farol para o futuro da região pela democracia pela paz e pela estabilidade de um futuro.
Porque afinal há esperança e as coisas não devem de ser como dizem os frios e calculistas:
Pobre o homem que assim pensa. De que se lhe vale um futuro?
Digo eu, repito, que não sou especialista. Sou um cidadão do mundo. Mais um entre tantos.