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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Xeque?

Rui C Pinto, 04.03.11

António Nogueira Leite é uma cara cada vez mais mediática no PSD e, honestamente, ainda não consegui perceber o que pensa e o que pretende com a gestão que faz das suas declarações públicas. Já o vi como um dos mais próximos defensores da estratégia de Passos Coelho, e já o vi dirigir-lhe palavras muito criticas, como estas de hoje no Diário Económico. Eu, que não sou de intrigas, pergunto-me se terá alguma coisa que ver com a escolha de Eduardo Catroga para escrever o programa eleitoral... 

 

Entretanto, do Porto chegam novidades... Um ciclo de conferências que pretende lançar as bases para uma profunda reforma política. São os "Grandes Debates do Regime". 

O PSD começa a dar sinais da sua vitalidade interna... Nesta altura, o futuro do PSD parece intimamente ligado ao de José Sócrates, o que é irónico e indesejável. Este facto augura que o PSD está a engrenar na lógica da rotatividade... Se tal for verdade, as consequências da crise rebentarão nas mãos de um governo PSD e poderão proporcionar-lhe um longo período no deserto na próxima década. Chegámos a um ponto de não retorno. O PSD estará a jogar o futuro do país na próxima legislatura. Se se limitar à rotatividade no poder poderá estar a jogar a sua sobrevivência política. O próximo governo terá que implementar reformas essenciais à sobrevivência do regime, sob pena de anquilosarmos o crescimento do país durante as próximas décadas e pormos em causa a sustentabilidade do regime. 

 

Por isso eu gosto de ver os nomes de maior valor e relevo do partido, como Rui Rio, a mostrar disponibilidade para pensar o país e construir ideias. Espero que traga valor acrescentado e propostas de reformas políticas sérias e consequentes. O mesmo espero de Pedro Passos Coelho, que como diz Nogueira Leite tarda em apresentar o novo PSD que prometeu ao país. Não creio que Passos Coelho possa falhar. Se acontecer, será um desastre para o PSD, numa altura em que o país precisa de um governo e um rumo reformista, em vez de uma repartição de finanças com ligação directa a Berlim. Para isso é preciso apresentar a alternativa já. Já não haja tempo para brincarmos às eleições internas. 

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