Finlândia - a democracia que pode vir a trazer problemas à UE

Será no final da semana que os líderes europeus se reunirão em Bruxelas para debater sobre o fundo de bail-out e valores que comportará, cuja função será salvaguardar os países europeus cuja economia está à beira da falência, com um papel importante caso a Espanha derrape.
No entanto, a bloquear uma possível solução favorável, encontra-se a Finlândia.
Surpreendidos?
Eu nem tanto.
A Finlândia é uma democracia singular, diferente da nossa, já que o sufrágio funciona através do voto preferencial.
O problema que levanta, é que o governo acaba por ser constituído pelos partidos com maior número de votos e não por 1 ou 2 em coligação como cá, sendo que os deputados mais eleitos são, em condições normais, os membros de governo. O consenso é, muitas vezes difícil, já que cada um representa interesses diferentes. Ou então representam tudo menos os interesses da população.
Um estudo publicado pelo Helsingin Sanomat (o jornal de Helsínquia), concluiu que um grupo representativo da população finlandesa desconhece quais são os partidos que fazem parte do Governo, da oposição e desconhecem que o Partido Social Democrata (socialistas, por lá) não faz parte do Governo.
Daqui a cerca de 3 semanas, o Parlamento Finlandês irá a votos. E aqui surge o problema da UE. O Perussuomalaiset (True Finns), são um partido nacionalista, eurocéptico e está a liderar as sondagens. Nada que não tivesse à espera, já que usando a herança rural, têm propagandeado que a soberania finlandesa está em risco (grande grande marketing num país que ainda não é independente há 100 anos).
Agora há que esperar, que a Finlândia vá a votos e decida como se comportar no âmbito da UE. Se os TF ganharem, será um caminho muito difícil para percorrer.