A fossa

Bem dizia Ana Gomes no Congresso de Matosinhos que a rosa cheira mal... Eu diria que tresanda. O nível a que chegou o PS de José Sócrates deixa pouca margem para que este faça parte de uma solução pós-eleitoral. É inaceitável que um partido com as responsabilidades do PS chegue ao ponto de dirigentes de outros partidos serem recebidos com vaias e apupos. É inaceitável que dirigentes políticos com responsabilidades usem do ataque pessoal gratuito como uma forma normal e natural de fazer política.
Lá vai o tempo do Partido Socialista em que José Sócrates se fazia acompanhar de Vitorino, Correia de Campos, Jaime Gama... Até mesmo António Costa tem criticado, até mesmo Assis discorda da linha dura e apela ao diálogo... Hoje, o partido de Sócrates é o de José Lello, Ricardo Rodrigues, Carlos César e Almeida Santos. Ficaram os trauliteiros de serviço. Gente disposta à mentira, como provou o episódio sobre o Conselho de Estado, gente disposta ao ataque pessoal, gente que não vem para discutir política ou o país, mas o poder e cargos políticos. É este o PS de José Sócrates de hoje, e será este o PS que terá de ser corrido no pós-eleições quando restar apenas a fossa em que transformarão o partido e a campanha eleitoral.
Hoje, é a vez de José Lello e Vital Moreira virem atacar Fernando Nobre... É um estagiário sem currículo com falta de nobreza, porque não aceitou integrar as listas do PS à Assembleia da República, e integrou antes as do PSD... O que estes senhores fizeram hoje foi um ataque pessoal desnecessário e que apenas os diminui politicamente, agora que sabemos que quem criticam lhes recusou um convite...