Business as usual? On verra!

Quem sucederá a DSK?
O caso DSK abriu a corrida à cadeia por ocupar.
Pela primeira vez desde a sua criação em 1945, a corrida ao lugar de Presidente do FMI vai para alem das fronteiras da Europa.
Durante a presidência de DSK, o FMI iniciou um processo de reformas que abria caminho a uma maior representatividade das economias emergentes, a um reequilíbrio de forças. Ora, face aos últimos acontecimentos, estes mesmos países emergentes que há muito reclamam por uma representatividade que condiga com o peso das suas economias vêem na eleição do próximo Presidente do FMI uma oportunidade para eleger um dos “seus”.
Acontece, também, que historicamente tem havido um acordo tácito entre Europa e Estados Unidos. O Presidente do FMI é europeu, o do Banco Mundial americano.
No rescaldo da detenção de DSK, Ângela Merkel e Didier Reynders com afirmações como “há boas razoes para afirmar que a Europa dispõe de bons candidatos” e “seria preferível que a Europa continuasse a ocupar este lugar”, respectivamente, sugerem que a Europa está empenhada em defender a tradição.
No top 5 de putativos candidatos 2 europeus, 3 emergentes.
Christine Lagarde (França), Marek Belka (Polónia), Tharman Shanmugaratnam (Singapura), Montek Singh Ahluwalia (Índia) e Trevor Manuel 5Africa do Sul).
Pessoalmente, acho que seria prematuro eleger para a presidência do FMI um país emergente. É necessário rever as estruturas das organizações internacionais de modo a acomodar as mudanças na estrutura económica mundial, mas esta transição deve ser preparada e faseada.
Dito isto, a minha preferência recai sobre Christine Lagarde, Ministra das Finanças francesa. Um dos grandes trunfos da Presidência francesa do G20, Lagarde tem-se revelado hábil e experiente negociadora e demonstrado profundo conhecimento sobre os desafios que enfrenta o Mundo de hoje.