Público e privado: onde acaba e começa a fronteira?
Fiquei muito satisfeito no dia 5 de Junho, pela saída do Partido Socialista e pelo adeus a José Sócrates. Considero que aquele homem nunca deveria ter ocupado a cadeira de S. Bento, e considero isso desde o dia 20 de Fevereiro de 2005.
Porém, Sócrates perdeu as eleições. Teve um resultado muito fraco. Mais fraco que os últimos dois adversários que teve nas eleições anteriores. Ora, esta saída de Sócrates e a sua declaração de saída de todos os cargos públicos, leva a uma sucessão no Partido Socialista. E quando as atenções devem estar centradas nessa sucessão, deparamo-nos com os dois principais semanários, SOL e Expresso, bem como o batalhão de jornalistas em Castelo Branco a interrogarem o ainda Primeiro-Ministro sobre o seu futuro...pessoal.
Esta situação a meu ver é de lamentar. Pela primeira vez concordo com o tipo: de facto, mais vale os jornalistas pensarem em jornalismo, em troca de mexericos. Não temos mesmo nada a ver se Sócrates vai estudar filosofia para Paris, fazer jogging para Caracas ou qualquer outra ideia. O senhor sai de cena e deixa de ter as luzes sobre si, ou pelo menos deveria...