Speak Victorian, Think Pagan (II)
O preconceito anti-Israel é sempre bastante óbvio mas em certas alturas é mais óbvio que noutras.
Este verão é uma delas. O médio-oriente está - para variar - mais uma vez em tumulto. Revoluções e contra-revoluções sucedem-se. Invariavelmente, a via da revolução e da repressão é sangrenta. Violações de direitos humanos e condições de vida difíceis enchem os ecrãs das TVs.
Com tantas causas pelas quais se baterem, os humanitaristas escolhem a mais óbvia, a mais necessitada: a Palestina (Israel).
Que ninguém tenha ilusões que a esquerda humanitarista algum dia protestará contra regimes “anti-imperialistas”. Não! É a Palestina (Israel) que interessa. A mesma Palestina que usufrui de um crescimento económico galopante, que se encontra actualmente em paz. Massacres na Síria? Desgoverno no Egipto? Guerra civil na Líbia?
Não, é mesmo Gaza (Israel) que merece a atenção da comunidade internacional. Gaza, cenário de um desastre humanitário que permite a abertura de hotéis de luxo e centros comerciais.
Até a ONU – organização mais que vulnerável ao lobby islâmico – tenciona publicar um relatório em que acusa a Turquia de provocação pela ‘flotilha da “liberdade”’ do ano passado.
Por tudo isto, a próxima flotilha está prestes a zarpar e ainda por cima com uma vencedora do prémio Pulitzer a bordo.
Porque realmente a prioridade do mundo e no médio-oriente tem que ser a Palestina (Israel)...