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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Afecto Seguro, Liberdade ao povo de Assis

Diogo Agostinho, 13.07.11

 

No meio da constituição do novo Governo e das várias novidades que surgem, quando novas pessoas assumem posições de destaque, o Partido Socialista começou a sua campanha eleitoral para a sucessão de José Sócrates.

 

Ora, por mais que se ataque José Sócrates, não é fácil o dia seguinte. Foi um líder forte que marcou o seu Partido e durante 6 anos dominou e domou o PS.

 

Chegado a este ponto, o PS tem duas alternativas.

 

De um lado Francisco Assis, que apoiou Sócrates desde 2009, que tem atrás de si uma carreira com altos e baixos, curiosamente o ponto mais alto foi a pancadaria que levou em Felgueiras, demonstrando coragem que muitos não tiveram de lá ir e retirar o apoio a Fátima Felgueiras, e como ponto baixo a derrota com Rui Rio. De facto, perder em política não é o fim político. Este sentido, devia estar na consciência de todos. Política tem perder e ganhar. Tem a componente fulcral de coragem de se apresentar a eleições, sair do comodismo do comentário e apresentar-se como solução. Assis, aparece aqui, fragilizado por António Costa, seria sempre Costa o preferido, esperou que desse o sinal e depois avançou.

 

Do outro lado António José Seguro. Um tipo que esteve escondido nestes 6 anos de poder socrático. Para os jornais nasceu o mito do sucessor, para nunca se afirmar ao que vinha. Passaram-se anos, congressos, e nada de Seguro. O último congresso de Matosinhos nem lá foi falar. Nada. Fez a técnica do 'tasse bem. Não era nada com ele, nem estava no Governo, andava por Braga a fazer que fazia e chegou agora qual camisa lavada a prometer um novo ciclo. Ora, aqui está um estilo que não me convence. Um tipo que pouco diz sobre o que pensa, certamente viverá mais de acordo com o sabor do vento (isto é, sondagens) do que com um rumo estabelecido.

 

O debate de ontem então, foi penoso. Entre afectos seguros, a liberdade ao povo de assis, pouco ou nada se apresentou ao País. Bem sei que a conjuntura não é fácil, mas pedia-se mais. Pedia-se um debate interno, uma catarse sobre estes 6 anos. Uma revisão do que fizeram e correu bem e mal. O PS deu uma lição de política e debate interno com Sócrates, Alegre e Soares. Foi um momento que levou Sócrates a aparecer e em força. Nesta campanha estão a anos luz do que deveriam fazer.

 

PS - Opinião completamente parcial de um militante de outro Partido!

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